ROMANCE
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MÁRCIO BLANCO CAVA LANÇA SEU SÉTIMO ROMANCE
Ambrosiano Maria Maria, um cidadão brasileiro, leva a vida sem sobressaltos até conhecer a misteriosa Lúcia, que em poucos minutos transformará sua existência para sempre. Através desse drama individual, Cidade das estátuas penetra a carne da sociedade para formular uma importante questão: qual é o preço da alienação, da omissão, do individualismo?
Em seu sétimo livro, o escritor e jornalista Márcio Blanco Cava (conhecido no meio jornalístico como Márcio ABC) apresenta bem arquitetada alegoria sobre o povo brasileiro – e toca nas feridas do Brasil atual.
O romance, ambientado na década de 1970, se passa em uma cidadezinha repleta de estátuas, algumas bastante inusitadas, onde fantasmas acreditam também fazer parte da vida local. Márcio Blanco Cava evoca, daquele período obscuro da história do Brasil e de outros ainda mais remotos, muitos dos fantasmas que insistem em nos assombrar, entre eles as violências de raça e de gênero e o desejo pela ditadura militar por parte de muitos brasileiros, como observa a crítica literária Lúcia Facco, que assina o texto de orelha do livro. "A obra reflete sobre o Brasil, sua formação, a construção de sua identidade. Mas o drama da paixão vivida pelo protagonista compõe um universo peculiar, capaz de cruzar realidade, fantasia, lirismo. Por fim, é um livro de amor, terror e humor”, ela define.
Mesclando elementos da literatura e do jornalismo diário, Márcio Blanco Cava faz uso da ironia sem abrir mão de uma linguagem direta e, habilmente, desconstrói algumas estruturas gramaticais para conduzir o leitor por caminhos entrecruzados, histórias subterrâneas e pelos espaços vazios da narrativa. E é com total precisão que o autor funde toda a sua arquitetura textual à arquitetura da própria cidadezinha do romance, com suas janelas sempre à espreita, seus porões obscuros, sua excêntrica estatuaria e, por toda parte, as indesejadas pombas urbanas.
“O tema da ditadura militar e a realidade do país sempre me moveram e estão presentes na maioria dos meus livros, como Pater, Estado bruto e Delação. No entanto, com Cidades das estátuas sinto que consegui dar um salto em termos de linguagem, experimentando mais, ousando mais, sem perder o foco na história brasileira e projetando para os dias atuais”, comenta Márcio Blanco Cava.
O autor ainda destaca uma curiosidade no processo de produção de “Cidade das estátuas”: depois de décadas assinando como Márcio ABC (inclusive em seus seis livros anteriores), resolveu assumir a partir desta obra seu sobrenome por extenso – Blanco Cava. “Era algo que eu já vinha pensando há algum tempo, com base no que algumas pessoas comentavam comigo ou numa cisma pessoal. Aí, conversando com os editores e amigos, resolvi utilizar daqui pra frente Márcio Blanco Cava. Estou bem feliz com essa mudança num momento tão importante da minha carreira”, completa o autor.
CIDADES DAS ESTÁTUAS Márcio Blanco Cava
Nascido em Cafelândia, interior de São Paulo, Márcio Blanco Cava, que também é conhecido como Márcio ABC, foi repórter, editor e diretor de redação em diversos veículos e mídias, na capital e no interior paulista, entre eles a Rede Bom Dia. Dedica-se à literatura desde 2002, quando lançou seu primeiro romance, Parabala. De lá pra cá, publicou outros seis livros: Desrumo (2010), Pater (2012), Na pele dos meninos (2014), Estado bruto (2017), Delação (2019) e o e-book Pretinha cheia de si (2020).
CIDADE DAS ESTÁTUAS
Projeto gráfico: Cintia Belloc
magem de capa: Wlad Pieroni
288 páginas
14 x 21 cm
1a edição, 2022
ISBN 978-65-86638-22-6